terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

Mais um triste capítulo da história da aviação brasileira foi escrito.




Bom, há muito tempo já pode ser visto como a história da nossa aviação é tratada. Não há nenhum respeito por aqueles que deviam proteger e guardar nossas relíquias. Um país sem memória e cultura.
Me refiro com indignação ao que aconteceu dia 31/01/2020 no Rio de Janeiro, mais precisamente no aeroporto do Galeão, quando o antigo DC-3 da extinta Varig, de matrícula PP-VBF foi picotado sem dó em uma área próxima aos hangares da TAP ME e da antiga fundação Rubem Berta.



A aeronave em questão não se trata de qualquer avião, ele foi fabricado em 1942 e foi usado na segunda guerra mundial pelas forças aéreas do exército dos Estados Unidos, USAAF, como C-47 Skytrin e posteriormente foi convertido para transporte de passageiros e entre na década 50 à Varig.
 

Outra particularidade desse avião é que antes de ser entregue a Varig, foi de posse de Howard Hughes, fundador da extinta e famosa TWA (Trans Word Airlies), uma das companhias aéreas mais importante da história americana, aonde chegou a pilota-lo.
Na Varig, PP-VBF transportou passageiros e cargas ao longo de sua jornada na empresa, sendo aposentado em 18 de agosto de 1971. Seu último voo foi na ponte aérea Rio-São Paulo.





A própria Varig restaurou o avião, após ele ficar um tempo estocado, e o colocou em exposição ao público no aterro do Flamengo, porém anos depois ele foi retirado do local e ficou exposto ao lado do hangar da empresa no aeroporto do Galeão até ser destruído pelos responsáveis da massa falida da Varig, a empresa flex.


Não há palavras para descrer tamanha atrocidade e infelizmente ninguém será punido, o que nos resta é lamentar.